LIVRO: Tipos de textos, modos de leitura
AUTORAS: Maria das Graças Rodrigues Paulino, Ivete Lara Camargo Walty, Maria Nazareth Soares Fonseca, Maria Zilda Ferreira Cury.
Os livros da série “Educador em Formação” destinam-se ao educador que deseja ampliar e enriquecer seu trabalho, ou que se sente inseguro em determinadas situações quanto ao que fazem em sala de aula.
Nenhum deles apresenta fórmulas de trabalho na escola, nem propõe este ou aquele modelo de metodologia voltados para professores das diversas disciplinas dos ensino fundamental e médio, pretendem ser instrumentos de reflexão e questionamento, com vistas ao aperfeiçoamento da prática didático-pedagógica.
O livro “Tipos de Textos, Modos de Leitura, que faz parte da série, mostra que a leitura não é uma prática homogênea. Ao contrário, é diversa e está relacionada , entre outras coisas, ao tipo de texto com o qual o leitor se depara.
O ponto de partida é uma concepção de escola enquanto espaço propício para a formação do leitor, já que é na sala de aula que os textos circulam especificamente como objeto de aprendizagem. Embora reconheçam que a escola pode “perder” leitores, em vez de conquistá-los, as autoras acreditam que é no âmbito do ensino que pode se dar o estímulo à leitura na medida que o ler pertence ao educar.
Durante a leitura que fiz desse livro, destaquei vários pontos interessantes que mereceram minha reflexão como educadora e aprendiz. Citarei apenas alguns que considerei muito fortes e, marcaram ao ponto de mudar algumas de minhas práticas.
1ª- p.21 “ ...indiscreta seriam as interferências do outro num processo de produção de sentido que o sujeito leitor conduz. Um exemplo dessa interferência indiscreta seria a condução da leitura por professores, que tornada hábito, pode inibir as iniciativas de leitura do aluno.”
2ª- p. 22 “ Ao ler um indivíduo ativa seu lugar social, suas vivências, sua biblioteca interna, suas relações com o outro, os valores de sua comunidade.”
3ª-p.24 “Em cada leitura, o leitor mobiliza sua biblioteca interna, ou seja, todos os livros lidos/ vividos anteriormente, dialogando com eles e com o contexto de sua produção e circulação. Numa sociedade grafocêntrica, ler passa a ser índice de relevante posição social.”
4ª- p. 27 “ Quando a escola impede que os objetivos, iniciativas e estratégias de leitura sejam dos próprios leitores/alunos, pode afastá-lo do processo de produçãode sentido, consequentemente do universo dos livros.
5ª- p.28 “Não é a escola que mata a leitura, mas o excesso de didadismo, a burocracia do ensino acoplado a regras preestabelecidas, a normas rígidas e castradoras. Em suma, o uso inadequado de textos fragmentados, deslocados, manipulados, levaria à subordinação do leitor ao jugo escolar.”
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
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